Estamos publicando a seguir o vídeo e o texto do discurso de Darren Paxton, dirigente da Juventude e Estudantes Internacionais pela Igualdade Social (JEIIS) no Reino Unido, no Ato Online do Dia Internacional dos Trabalhadores realizado pelo Comitê Internacional da Quarta Internacional em 3 de maio.
Estudantes e jovens de todo o mundo estão lutando por um futuro livre de guerra, fascismo, desigualdade social, crise econômica e catástrofe climática.
No verão passado, estiveram à frente de protestos no Quênia e em Bangladesh que abalaram profundamente os governos desses países.
Na Grécia, estiveram na linha da frente de uma luta por justiça após o acidente ferroviário mortal de Tempi e o seu encobrimento pelo Estado na sequência.
Iniciaram protestos históricos na Sérvia contra a corrupção governamental, desencadeados pelo colapso da estação ferroviária de Novi Sad.
E, em todos os principais países imperialistas, iniciaram a luta contra o genocídio em Gaza e a cumplicidade dos seus próprios governos.
Nosso último ato de Primeiro de Maio foi realizado em meio à onda de acampamentos estudantis que se espalhava pelos EUA, Reino Unido e outros lugares. O governo Biden e outros governos do mundo responderam com repressões policiais brutais contra esses acampamentos.
Mas agora Donald Trump, Keir Starmer e os seus homólogos internacionais estão aprofundando essa repressão com suspensões acadêmicas, prisões e deportações.
Entre eles estão os estudantes ativistas pró-palestinos Mahmoud Khalil, Momodou Taal e Rümeysa Öztürk, que foram presos por agentes da Gestapo do ICE ou, no caso de Taal, forçados a se deixar os EUA. E, apesar de ser cidadão britânico-gambiano, Taal foi abandonado pelo governo Starmer.
A Juventude e Estudantes Internacionais pela Igualdade Social (JEIIS) participou energicamente desse movimento global de jovens, e nos solidarizamos com todos os estudantes e trabalhadores que enfrentam a repressão política.
Lutamos para apresentar as lições políticas que devem orientar a luta em defesa dos direitos democráticos e pelo fim do fascismo e da guerra. Essas são as lições do marxismo, as lições do trotskismo.
E não faltam determinação e autossacrifício entre a juventude de hoje, nem hostilidade à desigualdade social, à violência militar e ao regime de Estado policial. O que precisa ser desenvolvido é uma compreensão do sistema capitalista como a raiz desses problemas e a necessidade de uma luta de classes revolucionária para acabar com ele.
Uma pressão imensa está sendo exercida sobre os jovens politicamente ativos para impedir que tais conclusões sejam tiradas. Os ideólogos profissionais da burguesia, auxiliados pela pseudoesquerda, promovem todos os tipos de desvios reformistas, pacifistas e nacionalistas. E, acima de tudo, um ceticismo em relação ao potencial revolucionário da classe trabalhadora.
Isso deve ser combatido e superado. Os estudantes e a juventude não podem enfrentar sozinhos os enormes desafios políticos e sociais diante deles. Eles não podem pressionar os governos e os políticos capitalistas a agirem em seu nome.
Os horrores e injustiças que hoje se multiplicam em todo o mundo são da responsabilidade da classe capitalista atolada em crise. Não vê outra saída a não ser a guerra contra a classe trabalhadora em casa e no exterior.
E não há como consertar esse sistema social. Ele precisa ser derrubado. Essa tarefa cabe à classe trabalhadora internacional.
Nos últimos anos testemunhamos ondas de greves em todo o mundo à medida que os trabalhadores são levados a lutar contra condições sociais intoleráveis. Até o momento, as lutas dos trabalhadores têm sido controladas pelas burocracias sindicais que atuam em conjunto com os governos capitalistas e as grandes corporações. Mas o apoio à rebelião de base está crescendo, liderado pela Aliança Operária Internacional de Comitês de Base.
Ajudar essa rebelião é uma tarefa vital dos estudantes e jovens trabalhadores com mentalidade socialista. Um retorno ao nível de luta de classes observado nas décadas revolucionárias do século XX transformará a situação política, virando a maré da reação de direita.
O papel político mais decisivo a ser desempenhado pelos jovens é ajudar a infundir no movimento emergente da classe trabalhadora uma cultura política marxista. Isso começa com a educação de nós mesmos.
A JEIIS, o movimento de juventude do Comitê Internacional da Quarta Internacional, segue a tradição da Revolução Russa.
Estamos continuando a luta de Leon Trotsky pelo internacionalismo socialista contra a contrarrevolução nacionalista representada pelo stalinismo.
Baseamo-nos na luta de décadas contra todas as tendências políticas que tentaram liquidar a Quarta Internacional fundada por Leon Trotsky.
Essas são as bases de princípios para o movimento socialista revolucionário de massas contra o capitalismo e a guerra que deve ser construído.
Junte-se à JEIIS hoje para iniciar sua formação como lutador pelo trotskismo para a classe trabalhadora. E assuma seu lugar nas fileiras dos lutadores revolucionários por um futuro socialista.